quinta-feira, 8 de novembro de 2007

COISAS A SE FAZER E A SE REPETIR

primeiramente, checklist, indispensável!
feito? let's go!

pedalinho na lagoa
por do sol no arpoador

muitos outros jantares 'aprazíveis'
mais café du lage

00 family, sempre
sensações de "uhuuu, amanha é sábado"

double nas terças
berinjelas 'chics' replay

assistir o final de Barbarella
praia com massagem e matte de tonel (matte de tonel)

enrolar o despertador até nao poder mais
encontrar a alice em copa

chorar mais uma vez vendo extreme makeover
'pós-es' na 'guanábara' e/ou 'polí' e/ou 'jóbi'

pedir ao Cobra aquela música
manutenção fisioterápica nos membros dançantes, leia-se, joelho e pé

vascão ÊÔ x fluzão ÊÔ
santa teresa in bloco by bondinho

isla loca anoquevem
mandar postais de amsterdam

acender todas as velas
apagar todos os medos!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

CORTAR DOBRADO

Um dos meus últimos devaneios é ficar imaginando como seria bom se o dia tivesse 48 horas...
Poderia dormir além das minhas parcas 5, 6 horas diárias...
Trabalharia mais e diminuiria o trabalho que se acumula em minha mesa e por todo o entorno da minha sala...
Faria todas aquelas coisinhas, futéis ou necessárias, que sempre deixamos de lado com a desculpa de não ter tempo (no meu caso, não é desculpa e não venham me dizer que 'tempo é a gente que faz'!!!), tais como, academia, aula de dança, cursos e 'pos-es' aos montes, francês, etecetera, etecetera.
Visitaria Minas com mais frequência porque, com 48 horas-dia, as distâncias pareceriam menores. Até o nosso "é logo ali" poderia ser digno de confiança.
Daria para encontrar mais os amigos, leria os livros já amarelados de tanto aguardar e por aí vai...

Mas não! O Criador, provavelmente de forma aleatória, optou pelo número 24 e pronto... daqui a pouco já se acaba o meu dia!

24, será que...?

domingo, 21 de outubro de 2007

Quando não há nada a se dizer, vale citar

"... Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida,
e assim quero que possa ser sempre
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar."

(Alberto Caeiro)

É a vida, é a vida...

Como é gostoso flagrar nas pessoas aqueles sorrisos que brotam, assim, não sabemos de onde, nem por quê!
Pode ser em uma fila de supermercado, dentro do metrô, nos passeios da calçada...
O sujeito está ali, com o olhar perdido e, de repente, eis que surge, de fora pra dentro, a expressão máxima do ser humano...
Neruda, que sabe das coisas, disse certa vez: "Tira-me o pão, se quiseres, tira-me o ar, mas não me tires o teu riso!"

Porém, mais gostoso do que captar a cena nos desconhecidos é, obviamente, se surpreender também assim... como quem acaba de ver o tal passarinho verde!

Eita!

sábado, 6 de outubro de 2007

SUBÚRBIO



"Lá não tem brisa
Não tem verde-azuis
Não tem frescura nem atrevimento
Lá não figura no mapa
No avesso da montanha, é labirinto
É contra-senha, é cara a tapa". Chico

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

MAGMA

Ah, o Centro! Com suas pastilhas portuguesas acaba com o salto de qualquer mulher.

Ah, o Centro! Com seus rumores de buzinas, silvos (longos, sempre), urros de ambulantes e etc., acaba com o estado de ausência de qualquer catatônico.

Ah, o Centro! Com seu fumacê de churrasquinhos e acarajés e monóxido de carbono, acaba com a fragrância mais francesa que possa existir.

Ah, o Centro! Com suas gentes em formigueiro, acaba com a pontualidade de qualquer inglês.

Ah, o Centro! Com suas boutiques sempre em promoção, acaba por despertar o consumo na mais avarenta das judias.

Ah, o Centro...

Uma vantagem: face a tanta miscelânea, hoje, o meu desejo súbito, repentino, quase grávido mesmo de comer abacaxi com melão foi facilmente satisfeito.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

CTRL C + CTRL V

"Muito se louvou a arte do encontro, mas poucos louvaram a arte do adeus. No entanto, não há gesto tão profundamente humano quanto uma despedida. É aquele momento em que renunciamos não apenas à pessoa amada, mas a nós mesmos, ao mundo, ao universo inteiro. O amor relativiza; a renúncia absolutiza. E não há sentimento mais absoluto do que a solidão em que somos lançados após o derradeiro abraço, o último e desesperado entrelaçar de mãos. Arrisco mesmo a dizer: só os amores verdadeiros acabam. Os que sobrevivem, incrustados no hábito de amar, podem durar uma vida inteira e podem até ser chamados de amor mas nunca foram ou serão um verdadeiro amor. Falta-lhes exatamente o Dom da finitude, abrupta e intempestiva. Qualidade só encontráda nos amores que infundem medo e temor da destruição. Não se vive o amor; sofre-se o amor. Sofre-se a ansiedade de não se poder retê-lo, porque as nossas cordas afectivas são muito frágeis para mantê-lo retido e domesticado como um animal de estimação. Ele é bravio e despedaça-nos a cada embate e por fim extingue-se e extingue-nos com ele. Aponta numa única direção: o rompimento. Pois só conseguiremos suportá-lo se ocultarmos do nossos sentidos o objecto dessa desvairada paixão. Mas não se pense que esse é um gesto de covardia. O grande amor exige isso. O rompimento é sua parte complementar. Uma maneira astuciosa de suspender a tragédia, ditada pelo instinto de sobrevivência de cada um dos amantes. Morrer um pouco para se continuar a viver. E poder usufruir daquele momento mágico, embebido de ternura, em que a voz falseia, as mãos abandonam e cada qual vê o outro afastar-se como se através de uma cortina líquida ou de um vitral embaçiado. Há todo um imaginário sobre os adeuses e as separações, construído pela literatura e pelo cinema. O cenário pode ser uma estação de comboios, um aeroporto (remember Casablanca), uma estaçao de camionagem. Pode ser uma praça ou uma praia deserta. Falésias ou ruínas de uma cidade perdida. Pode ate estar a chover ou a nevar, mas o vento é imprescindível. As nuvens devem revolutear no horizonte, como a sugerir a volubilidade do destino. Os cabelos da/o amada/o, longos e escuros, fustigam de leve os seus lábios entreabertos. Há sutis crispações, um discreto arfar de seios. E os olhos, ah!, os olhos... A visão é o último e o mais frágil dos sentidos que ainda nos une ao que acabamos de perder. Uma grande dor, uma solidão cósmica, um imenso sentimento de desterro. Que se curam algum tempo depois com um amor vulgar, desses feitos para durar uma vida inteira..."

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

LAMENTO CONTEMPORÂNEO

Ah, este mundo está tão mudado...
Outro dia vi um cachorro com capa de chuva.
E estou cansada de ver homem fazendo xixi nos postes...

E as jabuticabas? Aquelas mesmas da minha infância, que não dávamos conta de chupar, ali, no pé ao fundo do quintal?
“Quanto é, moço? Dez unidades por R$ 2,50!”
Bem que me disseram que o Rio é violento!

De caças, viramos caçadoras. Queimamos os sutiens e agora temos que ser profissionais bem sucedidas, mulheres estimulantes, mães exemplares e ainda, no fim, cuidar da casa! Ufa!

Trabalhamos o dia inteiro em frente ao computador e nosso lazer também é em frente dele.

A terra, superpopulada.
No entanto, o que mais vemos é a carência e o isolamento dos seres humanos, como se vivessem na ilha perdida de Robson Crusoé.

Sei lá, deu vontade de desabafar e não me condenem pelo pessimismo, somos ciclícos!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

AVANT !!!

Saí cedo, peguei meu pão de queijo como de costume no Café Capital.
Aquele maior, na temperatura exata, na cottura perfeita! O meu aliado contra a magreza progressiva. hummmm!
Passei em frente à floricultura como de hábito e aquela atmosfera me fez lembrar de outros lugares!
"Podia estar na França", pensei, e, no meu faz de conta, o meu pãozinho mineiro se transformava em um fumegante croissant, e, ao invés da pasta, levaria um lenço de seda verde no pescoço...
Ri.
Percebi, assim, despretensiosamente que ainda vale... vale a pena sonhar!
Vale a pena acreditar no melhor, nesta vida, que se por vezes nos decepciona, em tantas outras nos regozija!!!
O ruim realmente acontece para valorizarmos o bom!(cliché, mas...)
Então, o riso, virou sorriso! Foi-se embora a tensão, foi-se embora a dor... voltou a esperança e a crença, a crença de Pessoa...
A minha alma não é pequena... pequeno foi o meu pão de queijo que nesta história não durou nem cinco minutos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

CONDICIONAIS

Se a fila for pequena, eu faço,
se estiver grande, eu furo.
Se a grana tiver boa, eu compro,
Se tiver curta, eu furto.
Se o café estiver forte, eu tomo,
se estiver fraco, eu cuspo.
Se a agenda tiver cheia, eu corro,
se estiver vazia, eu durmo.
Se for belo, eu olho,
se for feio, ignoro.
Se o mar estiver calmo, entro,
se o estiver forte, enfrento.
Se for do meu agrado, eu como,
Se não for, engulo.
Se estiver em boa paz, sorrio e falo,
Se tiver de saco cheio, dissimulo e calo.
Se estiver com confiança, vou indo
se ela me faltar, me persigno.
Se puder ser, agradeço,
se não der, abraço.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

SINCERIDADE

"Tia, arruma umas moedinhas pra mim (sic) comprar uma colinha pra matar a fome!"

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

CONSTRUÇÃO

Acorda... não viu que já tocou o despertador?
Engole... rápido o pão que não esquentou.
Veste... a roupa amarrotada que não desamassou.
Espera... quanta demora este elevador!
Volta... o registro de gás você não desligou.
Corre ... não vá perder o metrô.
Se liga... não vê que sua estação já chegou?
Paciência ... parece que hoje todo mundo se atrasou.
Chega ... e a secretária já com a lista de quem ligou.
Abre... este olho que na noite passada não fechou.
Ufa... ainda bem que este prazo não expirou.
Saco... justo agora o site do TJ travou?
Enfim... tá na hora, não esquece de desligar o monitor!
De novo... corre, corre, corre que o vagão já parou!
Procura... a chave, onde é que você enfiou?
Desaba... mais um dia que terminou!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

ELOGIO À LOUCURA

Eramus de Rotterdam é Rei!
Maria, a Louca, não era Rainha?
Viva à loucura!
Viva a loucura!
Vamos ser todos loucos.
Pra que ser normal em um mundo de insanos?
Não vamos tentar entender...
Não há como.
Abaixo à psicologia!
Vamos ser loucos, mentecaptos, tantãs, zuretas, birutas, malucos.
Vamos dizer frases como: "As trombetas prateadas estão subindo nas árvores (arvoros, arvres, sei lá)"
Vamos jogar pedras para o alto até atingir os aviões.
Rasgar notas de cem.
Comer com o cabo dos talheres.
Enfim, vamos aderir à loucura, pois só assim poderemos compreender o incompreensível, ouvir o inaudível, ver o invisível.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

MUDAM-SE OS TEMPOS, MUDAM-SE AS VONTADES

A falta (e falha) de comunicação entre as pessoas me faz lembrar uma tirinha da Mafalda:

Um vaso de planta, triste e desflorado repousa sobre a mesa.
Ao avistá-lo, Mafalda sabiamente berra a plenos pulmões - "Chegou a primavera!!!"

E eis que vemos o nascer e o desabrochar das flores, despertadas para a nova estação.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

REMINISCÊNCIAS

A atendente do caixa solicita não só a assinatura no recibo do cartão, mas também o telefone.
Já lá pela metade do número me dou conta do ato falho* - "ops, este não é meu celular..."

*Acto falho, ato falho ou parapráxis é um erro na fala, na memória ou numa ação física que seria supostamente causada pelo inconsciente. (Wikipedia)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

PLANTA O PRANTO

Era uma vez uma garota que até os cinco- anos de idade tinha uma convicção: os adultos não choravam.

Essa certeza infantil foi gerada pelas suas percepções visuais, já que à época não podia contar com a experiência.

Ela via seus coleguinhas e irmãos chorando pelos mais variados motivos e também as crianças na rua, aos prantos, enquanto seus pais as puxavam pelos braços.

Porém, o mesmo não acontecia com as pessoas grandes.

"Não, os adultos não choram e devem ser porque gastamos todo nosso estoque de lágrimas quando pequenos".

Ocorre que prestes a completar seis anos, um triste acontecimento mudou essa história: alguém importante de sua família partiu para o céu, disseram.

E no funesto e acinzentado dia da despedida, ela descobriu algo que jogou por terra a sua lúdica teoria. Inadvertidamente, ela fixou o seu olhar na imagem de uma pesada lágrima que vagarosamente escorria pelo semblante de seu avô e, estarrecida, concluiu: "Os adultos também choram".

Passados muitos anos, aquela lágrima ainda continua viva e gravada em sua memória, como símbolo da sua descoberta.

Mas, ainda que assim não fosse, o seu ingênuo pensamento de que o 'doce' gosto das lágrimas só era afeto às crianças seria cabalmente afastado.

Isso porque hoje, ela, adulta, também chora.

E chora.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

LIMITE

Não fujo nem do diabo, porque este ainda tem cerébro! Fujo da imbecilidade, que nos afunda com sua pequenez!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

CAP OU PAS CAP???




Melhor surpresa para um gélida noite de uma terça-feira qualquer: o filme Jeux d’enfants.
Apesar da inevitável comparação com a atmosfera fabulada de Amélie Poulain, ele não perde sua identidade e nos prende, emociona e inquieta em boa parte do tempo. O jogo do "topa ou nao topa" dos dois personagens, Julien e Sophie, é quase um estresse: agita!

O lúdico está presente a todo momento, até mesmo no fim, quando o amor, ah, o amor...

Segue a transcrição de uma cena, memorável, onde após quebrar a sua casa toda, Sophie, sabendo que Julien está indo vê-la, liga para a polícia. Ele tem pouco tempo para fugir e se dá conta da emoção de tornar a jogar (custei a achar na rede e a tradução - minha - não está nada literal, aliás está sofrível mesmo)

Julien Jeanvier [Julien estava em alta velocidade em seu carro, fugindo da perseguição da polícia] Sophie tinha voltado ao jogo!!! A felicidade em estado bruto, prazer explosivo, vulcânico!!! Aquilo era melhor que tudo!!! Melhor que droga, melhor que heroína, cocaína, ganja, crack, haxixe, maconha, skunk, ácido, LSD, ecstasy. Melhor que sexo, felação, sessenta e nove, orgia, masturbação, tantrismo, ‘brouette thaïlandaise’ . Melhor que Nutella, manteiga de amendoim e milk-shake de banana. Melhor que todas as trilogias de George Lucas, a coleção completa do muppets-show, a final de 2001. Melhor que o ‘derriere’da Emma Peel, Marylin, Lara Croft, Naomi Campbell e a grande beleza de Cindy Crawford. Melhor que a face B do Abbey Road, que os solos de Hendrix, que o primeiro passo do homem na lua. Melhor que a Montanha Russa Espacial, as renas do Papai Noel, a fortuna de Bill Gates, os transes de Dalai Lama, a ressurreição de Lázaro, os piques de testosterona de Schwarzenegger, o colágeno dos lábios de Pamela Anderson. Melhor que o Woodstock e as festas raves mais orgásmicas. Melhor que Sade, Rimbaud, Morrison e Castaneda. Melhor que a liberdade. Melhor que a vida!

Merci Beau Coup, Paris...




Nestes tempos de terremoto, uma canção me acalenta a alma, de tão doce...

La même histoire - Feist

"Quel est donc
Ce lien entre nous
Cette chose indéfinissable ?
Où vont ces destins qui se nouent
Pour nous rendre inséparables ?

On avance
Au fil du temps
Au gré du vent... ainsi...

On vit au jour le jour
Nos envies, nos amours
On s’en va sans savoir
On est toujours
Dans la même histoire...

Quel est donc
Ce qui nous sépare
Qui par hasard nous réunit ?
Pourquoi tant d’allers, de départs
Dans cette ronde infinie ?

On avance
Au fil du temps
Au gré du vent... ainsi...

On vit au jour le jour
Nos envies, nos amours
On s’en va sans savoir
On est toujours
Dans la même histoire...


....

o que é então
essa ligação entre nós,
essa coisa inexplicável?
Aonde vão esses destinos que se amarram
para nos deixar inseparáveis?

Avançamos
na linha do tempo,
na vontade do vento,
Assim

Vivemos todos os dias
nossos desejos, nossos amores
partimos sem saber que
estamos sempre
na mesma história.

o que é então
o que nos separa
que por acaso nos reuniu
por que tantas idas, tantas partidas
nessa roda infinita?
avançamos
na linha do tempo,
na vontade do vento,
Assim

Na mesma história,
mesma história.

Aconteceu um dia...

Nada como uma mensagem antiga, achada assim, inexplicavelmente, para restabelecer o ego de uma mulher em meio a um abandono desordenado.

"Eu fiquei ali, parado. Olhar distante, coração apertado, respiração ofegante. Não saía da minha mente a imagem de seu rosto moreno, seu sorriso branco, seus cabelos negros, seus olhos fortes. Acho que ela nunca me pareceu tão bonita quanto no seu último olhar, quanto na última vez que abriu aquele sorriso para mim.

E fez-se um silêncio, um silêncio tão grande quanto a ausência que chegou tão de repente, apesar de tão certa quanto a morte ou a dor que eu sabia que viria com ela. O ônibus a levava para uma distância tão grande que nenhum amor consegue superar, transformava em memória o que tinha sido chama, nostalgia do que tinha sido ardor.

Mas o silêncio não vinha do mundo, vinha de mim. No rádio a canção tentava me dizer alguma coisa; mas eu não ouvia nada, ou melhor, quase nada. Por vezes uma ou outra frase conseguia romper a barreira que se ergueu entre mim e o mundo, me invadindo e me ferindo como se fosse uma lâmina quente.

Uma dessas frases dizia: “a vida não para”. Mas parece que o mundo parou naquele instante. O sol brilhava, esquentava o teto do meu carro. Mas eu permaneci ali parado, anestesiado, quieto, sem vontade de abrir o vidro e permitir que o vento tocasse a minha face.

Não, eu não poderia deixar que o vento levasse um pouco da minha dor, que tivesse a ingênua pretensão de aliviar um pouco aquela ausência, de me permitir algum contato com o mundo exterior. Me recolhi para dentro de mim e fui buscar nas lembranças aqueles instantes que foram só meus e dela, que não quero compartilhar com ninguém.
Só ela poderia quebrar o meu silêncio, me trazer de volta à superfície e substituir o seu mundo de memórias pelo mundo real das sensações. Quando já a tinha perdido de vista, depois de alguns minutos, me chega uma mensagem que diz: “vou te levar para sempre, no meu coração”. Escorria uma lágrima pelo meu rosto e eu, olhando para a vida, tentava dizer, sem conseguir: Adeus Juliana."

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

TOMARA?

É melhor "se sofrer junto do que viver feliz sozinho"?

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O fim e o começo

Bom, nada como um recomeço após um fim...

Sem nenhuma pretensão, exceto aquela de transformar em palavras virtuais as banalidades cotidianas!

Eis meu blog!